Violências, infâncias e mídia em debate na escola pública | Universidade Feevale

Violências, infâncias e mídia em debate na escola pública

26/04/2022 - Atualizado 13h38min

formação mídias

Segundo encontro de formação realizada por meio de convênio entre a Feevale e a prefeitura de Novo Hamburgo aconteceu nesta segunda-feira

As intersecções entre a violência contra crianças e a comunicação foram os temas discutidos no segundo encontro da formação Mídia, Discriminação e Pedagogias Culturais, nesta segunda-feira, 25, no Salão de Atos do Câmpus II da Universidade Feevale. A atividade é voltada para a direção das escolas municipais de Novo Hamburgo e equipe da Secretaria Municipal de Educação, por meio do convênio Educação Antidisciminatória entre a Prefeitura Municipal de NH e a Feevale, por meio do grupo Criança na Mídia - Núcleo de Estudos em Comunicação, Educação e Cultura. A atividade foi conduzida pela pesquisadora do grupo, Marina Mentz, que é jornalista e doutoranda em Processos e Manifestações Culturais.

Essa formação que estamos realizando se iniciou em abril e vai até novembro. Será um ano de trocas muito significativas da Universidade com a escola básica, tendo como foco a construção de uma educação com menos discriminação e que possibilite ampliar o debate sobre a relação entre infâncias e mídia e preconceitos no território escolar. Será uma sequência de encontros mensais, com uma potência para a articulação efetiva nas escolas”, ressaltou a professora Saraí Schmidt, coordenadora do Criança na Mídia.

Com índices crescentes de violência infantil, especialmente após o período de distanciamento social em que as crianças estiveram fora da escola, o Brasil lidera o número de homicídios deste público e tem, na desigualdade social, seu principal ponto de convergência.

Além dos números já conhecidos de violência, o tema é silenciado na mídia ou, ainda, espetacularizado nesses espaços. Os estudos mostram que há um paradoxo entre a utilização da imagem das crianças em produtos de comunicação e o tema, propriamente dito”, explicou Marina.

Ao longo do encontro, o público pôde conhecer dados e informações relacionadas às violações de direitos das crianças, além de exemplos em que há exposição controversa da imagem infantil em programas de televisão, publicidade, jornalismo e ações de entretenimento. Durante o encontro, as equipes diretivas também assistiram ao documentário Quem matou Eloá?, que ilustrou a temática, gerando debate na plateia. “O sequestro e assassinato da adolescente Eloá Pimentel, de 15 anos, é apenas uma das histórias que se optou contar, mas como ela, infelizmente, há inúmeros casos que, por sua vez, ficam em silêncio”, conclui a jornalista.

O convênio Educação Antidiscriminatória, firmado em julho de 2021, realiza a formação Mídia, Discriminação e Pedagogias Culturais, com um encontro mensal, até novembro deste ano, quando os pesquisadores participantes compartilharão suas pesquisas com a direção das escolas. O objetivo é oferecer elementos para a construção de uma política pública educacional antidiscriminatória no município.

 

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