Ômicron é a variante predominante em amostras coletadas em 13 cidades do RS | Universidade Feevale

Ômicron é a variante predominante em amostras coletadas em 13 cidades do RS

24/03/2022 - Atualizado 10h43min

Prevalência da subvariante BA.2 ainda é baixa, de acordo com informe da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, a partir de análises realizadas no Laboratório de Microbiologia Molecular da Feevale

Nova análise divulgada em informe da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, integrante da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), demonstra que a VOC Ômicron do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, é a variante globalmente predominante e já representa 100% das amostras analisadas em 13 cidades* do Rio Grande do Sul. Por meio do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, foram identificados e sequenciados 92 genomas completos de SARS-CoV-2 de amostras coletadas em municípios das regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Serra e Caí, além de uma amostra de uma residente da Austrália, entre o final de janeiro e o início de março deste ano.

Avaliando o acompanhamento epidemiológico que vem sendo realizado desde o surgimento desta variante em dezembro de 2021, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, Fernando Spilki, explica que foi possível demonstrar que a VOC Ômicron substituiu rapidamente a linhagem Delta, que circulava anteriormente. “No mês de dezembro de 2021, apenas 10% das amostras foram correspondentes da Ômicron e 90% foram representativas da linhagem Delta. A partir do mês da sua introdução na região, a Ômicron foi detectada com 95% de frequência em janeiro de 2022 e 100% nos próximos meses analisados (fevereiro e março de 2022)”, afirma.

Com relação à caracterização genética, os genomas sequenciados foram analisados por meio da plataforma on-line Nextclade e caracterizados como pertencentes às linhagens Ômicron das seguintes sublinhagens: BA.1 (24), BA.1.1 (35), BA.1.14 (5), BA.1.15 (12), BA.1.17 (10), BA.1.9 (3), e BA.2 (3). A proporção de sequências relatadas globalmente designadas como BA.2 tem aumentado em relação à BA.1, entretanto, nas amostras analisadas do sul do Brasil, a detecção da linhagem BA.2 ainda é baixa, ao mesmo tempo que se diversifica a linhagem BA.1 em diferentes ramificações.

*Amostras provenientes de: Brochier (1), Campo Bom (15), Canoas (9), Caxias do Sul (14), Estância Velha (19), Garibaldi (10), Lindolfo Collor (1), Montenegro (4), Novo Hamburgo (13), Portão (1), Porto Alegre (1), Presidente Lucena (1), São Leopoldo (2) e uma amostra de uma residente da Austrália. As 14 amostras do município de Caxias do Sul foram coletadas em parceria com o Projeto Immuneshare – MCTI. Os genomas obtidos no presente estudo estão sendo depositados em bases nacionais e internacionais, com a posterior submissão do trabalho ao periódico científico.

ômicron

Legenda: Distribuição das linhagens de SARS-CoV-2 sequenciadas pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale entre os meses de janeiro de 2021 e março 2022

 

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