Estudo do Mestrado em Virologia da Feevale projeta janeiro de mais recordes nos novos casos de Covid-19 | Universidade Feevale

Estudo do Mestrado em Virologia da Feevale projeta janeiro de mais recordes nos novos casos de Covid-19

22/12/2020 - Atualizado 15h56min

laboratório microbiologia molecular

Modelos continuam prevendo superlotação nas UTIs no Vale do Sinos. Cálculos não consideram, no entanto, as aglomerações de Natal e Ano Novo

Na última semana, o mestrado em Virologia da Universidade Feevale divulgou levantamento da pandemia de Covid-19 no Vale do Rio dos Sinos, com 2.929 novos casos confirmados entre os dias 12 e 18, um novo recorde em uma semana. Agora, uma nova projeção do número de casos e de internações em decorrência da doença, também realizada pelo mestrado, demonstra que janeiro será um mês de expressivo aumento de casos novos na região. Embora o modelo indique uma estabilização na ocupação dos leitos comuns, com a previsão mais pessimista em 134% na semana de 15 de janeiro, o número de novos casos alcança um pico sem precedentes naquela semana, chegando a 6.259 na projeção mais pessimista – um aumento de 53% em relação à semana do dia 18.

No entanto, a simulação não leva em conta a variável de aglomerações nas festividades de Natal e Ano Novo, explica o professor do mestrado em Virologia da Feevale e um dos coordenadores do estudo, Fernando Spilki. O cálculo projeta três cenários: um pessimista, um otimista e um médio. Qualquer um dos modelos prevê o que acontece se não for tomada nenhuma medida mais restritiva, além do que já está sendo feito.

A simulação foi realizada a partir de dados da pandemia na região coletados até o dia 18 de dezembro. Para o cálculo, foram usados modelos de séries temporais para a predição semanal da porcentagem de ocupação em UTI (modelo de suavização exponencial), do número de casos e do número de internações (regressão com erros Arima, do inglês Auto-regressive integrated moving average, ou em portugês, Modelo autorregressivo de médias móveis).

“Basicamente, as informações disponíveis nas bases de dados dos serviços de saúde foram utilizadas para fornecer evidências de como a ocupação, número de casos e número de internações tendem a se comportar no futuro se mantidas todas as condições”, explica Eduardo de Freitas Costa, epidemiologista que participou da pesquisa. Costa, que vive na Holanda, explica que no país europeu houve, por exemplo, um endurecimento das medidas restritivas, com comércios não essenciais fechados, visitas restritas a duas pessoas e sem comemorações públicas.

Projeções são suportes para a tomada de decisão em saúde pública, ou seja, elas ajudam a prever demandas e planejar a estrutura. Não há o intuito de acertar na mosca (alta precisão) o número de casos, mas ajudar a saber a estrutura necessária para atender a uma demanda”, explica o epidemiologista Eduardo de Freitas Costa.

Confira as projeções:


casos



casos tabela

ocupação



tabela ocupação

internações


internações tabela

 

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