Com apoio da Instituição, estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves criaram aplicativo de combate à dengue e participaram de evento internacional
Daniela, Cauã e Victor
Estudantes da rede pública de ensino de São Leopoldo desenvolveram um aplicativo com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da dengue. O Combating Dengue foi criado pelos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves, Cauã Hartwig Geschuender e Victor Battistello da Silva Gomes, com o apoio do projeto de extensão da Universidade Feevale Logicando: Aprendizagem Criativa e Tecnologias Digitais no Desenvolvimento do Pensamento Computacional, que atua junto a escolas públicas, promovendo a formação de estudantes e educadores por meio de metodologias criativas e tecnológicas. O programa também teve a orientação da docente Débora Nice Ferrari Barbosa, do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social.
Com o intuito de disseminar informações confiáveis e promover ações educativas para conter surtos de dengue, especialmente em regiões com alta incidência da doença, como o Sul do Brasil, o aplicativo foi selecionado para representar o Brasil no Global AI Hackathon 2025, promovido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. A criação da solução e a participação dos alunos no evento contou com a orientação da mestranda do PPG em Diversidade Cultural e Inclusão Social, Daniela Alcântara Scherer, que também atua como professora na EMEF Castro Alves e integra o projeto Logicando. A doutoranda Fernanda Cristina Leitenski Dalela também participou da orientação.
Impacto local, repercussão global
A participação dos alunos em um evento de destaque internacional evidencia como a articulação entre Universidade, escola pública e projetos de extensão pode transformar realidades locais e gerar impactos globais. O aplicativo foi apresentado ao lado de propostas inovadoras vindas de países considerados potências tecnológicas, como China e Estados Unidos.
O Combating Dengue reflete a preocupação dos estudantes com sua própria comunidade. Ao desenvolverem a solução, os jovens aplicaram os pilares do pensamento computacional — como decomposição de problemas, reconhecimento de padrões e criação de algoritmos — para atender a uma demanda concreta: combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti por meio da informação e da conscientização.
Segundo Daniela, os alunos demonstraram dedicação e superaram diversos desafios durante o desenvolvimento do aplicativo. “Nós, como educadores, abrimos caminhos e oferecemos as ferramentas – mas foram eles que trilharam essa jornada com muito comprometimento. Ver essa conquista nascer dentro de uma escola pública é algo que nos enche de orgulho e mostra que, quando se tem oportunidade, é possível chegar longe”, destaca.