Universidade sediará, no dia 25 de novembro, uma audiência pública para ouvir as demandas da comunidade

Representantes do governo do Estado estiveram na Universidade Feevale, na tarde desta quarta-feira, 12, para apresentar a proposta de concessão das rodovias estaduais que formam o chamado Bloco 1. A Instituição será sede, no dia 25 deste mês, de uma audiência pública para mostrar o projeto à população e ouvir as demandas dos interessados. O encontro será realizado às 15h30min, no Salão de Atos do Câmpus II (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo).
O reitor José Paulo da Rosa recebeu o secretário de Comunicação Social, Caio Tomazelli, a secretária adjunta da Reconstrução Gaúcha, Angela de Oliveira, e a subsecretária de Parcerias e Concessões, Anna Clara Yaginuma. Também participaram da reunião a gerente de Operações da Feevale, Andressa Terra, e a chefe de Gabinete, Isabela Guzzon. O grupo tratou sobre a audiência, que faz parte da etapa de consulta pública do projeto.
A concessão
Composto por 454 quilômetros de extensão, o Bloco 1 conta com trechos das estradas ERS-020, ERS-040, ERS-115, ERS-118, ERS-235, ERS-239, ERS-466 e ERS-474. Uma nova rodovia, a ERS-010, também está incluída. Com pista dupla, dois sentidos de circulação e 41,4 km de extensão, a estrada tem seu traçado previsto a partir da BR-290, em Porto Alegre, até a ERS-239, em Sapiranga, constituindo-se como alternativa à BR-116.
O investimento será de R$ 6,41 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão. Nos primeiros dez anos, os recursos aportados serão de R$ 4,86 bilhões. O governo do Estado irá investir R$ 1,5 bilhão, via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
Consulta pública aberta
Durante a etapa de consulta pública, os interessados podem participar também de maneira remota. O acesso ao formulário de contribuições e mais informações sobre a proposta de concessão podem ser obtidos no link parcerias.rs.gov.br/rodovia-bloco-1. A comunidade também pode enviar sugestões pelo email consultarodovias@serg.rs.gov.br durante o período de vigência da consulta, que se estende até 1º de dezembro.
Estradas resilientes e cotas mais elevadas
Estão previstos 213,7 km de duplicações, 12,5 km de terceiras faixas e 21,7 km de faixa adicionais. Além disso, serão 363,4 km de acostamentos, 88,48 km de marginais e 31 passarelas para pedestres. O bloco de rodovias contará com estradas resilientes, com a construção de pontes novas em cotas mais elevadas nos trechos sujeitos a inundações, adaptação de dispositivos de drenagem, obras para prevenção de erosões e deslizamentos associados a chuvas intensas, adequação de aterros e taludes de corte em áreas de risco, entre outras medidas.
Também está previsto socorro mecânico 24 horas, ambulância e socorro médico em tempo integral, monitoramento por câmeras, bases de atendimento aos usuários e ponto de parada e descanso para caminhoneiros e motoristas. No total, serão 27 municípios impactados com a concessão do Bloco 1, o que representa 34% da população do Rio Grande do Sul: Alvorada, Araricá, Balneário Pinhal, Cachoeirinha, Campo Bom, Canela, Canoas, Capivari do Sul, Esteio, Gramado, Gravataí, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Petrópolis, Novo Hamburgo, Palmares do Sul, Parobé, Porto Alegre, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Três Coroas e Viamão.
Sistema free flow
O Bloco 1 terá o sistema de cobrança eletrônica free flow, com a instalação de pórticos sem cancela. A medida garante fluidez nas estradas – sem filas de veículos em praças de pedágio – e uma maior justiça tarifária – com cobrança proporcional ao trecho percorrido pelos motoristas. O custo do quilômetro no bloco de rodovias, com o aporte de R$ 1,5 bilhão do governo do Estado, equivale a R$ 0,21. Sem o aporte, o valor do quilômetro seria R$ 0,32, elevando a tarifa final aos usuários. Na ERS-118, não haverá cobrança de pedágio.
Próximos passos
O projeto de concessão será debatido com a população no período de consulta pública, como é o caso da que ocorrerá na Universidade Feevale no dia 25 de novembro. A publicação do edital está prevista para o primeiro trimestre de 2026. A realização do leilão, por sua vez, deve ocorrer no segundo semestre do mesmo ano. Se o leilão for bem-sucedido, a assinatura do contrato poderá ser realizada no final de 2026.