Maca de resgate que pode ser adaptada a diversos biotipos tem patente concedida | Universidade Feevale

Maca de resgate que pode ser adaptada a diversos biotipos tem patente concedida

08/12/2025 - Atualizado 14h50min

maca

Projeto inovador foi desenvolvido por Vinicius Wilbert, no âmbito do Trabalho de Conclusão de Curso de Design na Feevale

Ao assistir a uma simulação de atendimento de emergência realizada pela equipe do Samu quando ainda era acadêmico do curso de Design da Universidade Feevale, Vinicius Wilbert ficou tocado pelo fato de que cada segundo pode significar o salvamento de uma vida. Essa experiência provocou profunda empatia no estudante, que passou a pesquisar profundamente a saúde e a emergência, com o propósito de usar o design como ferramenta de impacto social a fim de agilizar os atendimentos.

Assim, Wilbert desenvolveu o projeto Maca aplicada a primeiros socorros e emergência, com orientação da professora Jacinta Sidegum Renner. Resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do designer, o produto teve a patente concedida neste mês, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). O registro aconteceu por meio do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia da Feevale. A invenção recebeu o nome de IMMOB, uma maca de primeiros socorros com sistema retrátil e adaptável, capaz de se ajustar conforme o biotipo de cada pessoa. Acoplado a ela, Wilbert projetou, também, imobilizadores de cabeça e pés com funções de movimento, permitindo que se adaptem perfeitamente a cada indivíduo, proporcionando mais conforto, segurança e eficiência durante o transporte.

Designer acompanhou de perto o trabalho da Samu

Para o desenvolvimento do projeto, o designer acompanhou o trabalho do Samu de Campo Bom, acompanhando uma equipe 14 integrantes, entre condutores e técnicos de enfermagem. O objetivo era compreender as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais durante o atendimento emergencial, especialmente aquelas que impactavam a agilidade e a eficiência do processo.

Participei de atendimentos e realizei observações e questionários e, com base nisso, ficou evidente que o maior desafio estava na imobilização e transporte, já que as ferramentas utilizadas nem sempre eram compatíveis com os diferentes biotipos e características antropométricas, principalmente em casos de pessoas obesas e crianças”, explica Wilbert.

O designer conta que, durante o processo de conclusão do projeto, foram desenvolvidos modelos conceituais e representações tridimensionais que permitiram avaliar a viabilidade e a ergonomia da proposta. “Além das representações digitais, criei protótipos físicos exploratórios para analisar dimensões, mecanismos de movimentação e funcionamento do sistema retrátil da maca e dos imobilizadores acoplados”, pontua Wilbert, que chegou, inclusive, a levar uma maca do Samu para sua casa para estudos. “Até testei-me nela para me colocar no lugar do paciente”, relembra.

A maca IMMOB conta com imobilizador de cabeça e regulagens específicas na largura e no comprimento, permitindo acomodar pessoas de diversas alturas e pesos e mantendo a segurança, em função da imobilização adequada do usuário. “Meu propósito foi criar um produto capaz de impactar o mercado de uma forma especial: ajudar a salvar vidas através do design”, ressalta Wilbert. A professora Jacinta, que orientou o TCC de Wilbert, salienta que o projeto é de extrema relevância, pois foi concebido com base no design universal. “Os requisitos ergonômicos da maca de transporte e deslocamento de pacientes podem ser vitais e fazer grande diferença na condição de saúde e de sobrevivência para o paciente que está sendo transportado, por garantir a flexibilidade e segurança para que pessoas de diferentes estruturas antropométricas”, destaca.

Próximos passos

protótipo

Agora, com a patente concedida, o foco para Wilbert é criar protótipos funcionais com materiais e componentes equivalentes aos que seriam utilizados em escala industrial, para validação técnica e certificação junto aos órgãos competentes. Além disso, o projeto entra agora em uma nova etapa de prospecção de parceiros estratégicos, visando ao desenvolvimento industrial, a homologação e a futura comercialização do produto. “O propósito é aproximar o design da realidade dos profissionais que atuam em campo, contribuindo de forma prática para salvar vidas”, completa.

Para auxiliá-lo a dar prosseguimento a essa etapa, o designer contará com a parceria da Diretoria de Inovação da Feevale, por meio do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia. Mais informações sobre a invenção e como se tornar parceiro do projeto podem ser obtidas pelo e-mail nitt@feevale.br ou pelo WhatsApp (51) 99612-4002.

 

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