Grupo ainda visitou Hospital Veterinário da Instituição e conferiu de perto equipamentos e material de investigação, como células e vírus
A curiosidade é uma das bases quando se trata de pesquisa e desenvolvimento do conhecimento. Sem esta ferramenta não há como avançar ou evoluir no campo de descobertas. E, munidos de muita curiosidade, alunos do nono ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Joana Francisca, de Picada Café, visitaram, esta semana, o Laboratório de Microbiologia Molecular (LMM) da Universidade Feevale e o Hospital Veterinário Feevale (Hovet).
A iniciativa partiu da vontade dos próprios estudantes a partir de dúvidas levantadas em salas de aula e foi acolhida pelo Projeto Virasaude – Virologia em Ação Visando à Saúde Coletiva, vinculado ao Mestrado Acadêmico em Virologia da Feevale, que busca disseminar informações sobre a importância da pesquisa, da popularização da ciência e da vacinação.
Durante a visita à Instituição, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer de perto as etapas envolvidas na pesquisa e no desenvolvimento de antivirais. No encontro, também esclareceram dúvidas sobre vacinas e descobriram caminhos possíveis para seguir carreira na área da Virologia. O grupo visitou o Laboratório de Microbiologia Molecular e o Hovet, onde teve contato direto com equipamentos, insumos e práticas laboratoriais essenciais à investigação científica, incluindo o cultivo de células e a análise de vírus e bactérias.
No LMM, eles puderam entender como funciona a pesquisa para o desenvolvimento de antivirais, de vacinas e ainda, com o auxílio de mestrandos do PPG em Virologia e de graduados em Farmácia e em Biomedicina, observaram culturas de células de mamíferos e de vírus. No Hovet, conheceram as possibilidades de atuação dos veterinários e experimentos para avaliação de antibacterianos.
A coordenadora do LMM e responsável pelo projeto, Juliane Fleck, destaca a importância de movimentos como esse, porque colocam estudantes à frente de propostas interessantes e passíveis de serem executadas. "Isso é incrível porque ainda existem famílias muito resistentes à vacinação e a outras práticas baseadas em evidências, e vendo os jovens em busca de esclarecimentos baseados na ciência, ficamos otimistas", diz Juliane.
A professora Daniela Goetz, que leciona Matemática na escola de Picada Café, acompanhada da diretora Andréa Denise Dienstmann, estava satisfeita com a possibilidade de mostrar aos alunos a prática para além da sala de aula. "Estar aqui na Universidade Feevale dá ainda mais significado ao que estamos fazendo. Os questionamentos são multidisciplinares e trazê-los aqui é diferente, uma ponte importante na busca pelo conhecimento", comenta Daniele.
As colegas Paola Mattos, 14 anos, e Maria Klauck, 15, se mostraram admiradas com a estrutura da Universidade. Para elas, acompanhar as ações no laboratório e conhecer e manusear equipamentos reforça o aprendizado. "Sem dúvida, facilita o nosso entendimento", afirmou Maria.