Projeto da Universidade Feevale ajuda a compreender o processo do envelhecimento | Universidade Feevale

Projeto da Universidade Feevale ajuda a compreender o processo do envelhecimento

03/04/2024 - Atualizado 10h39min

gerontologia

População do RS possui mais idosos do que crianças, e estudos como os do Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Gerontologia ajudam a estabelecer estratégias para lidar com essa realidade

A população brasileira está envelhecendo, e no Rio Grande do Sul não é diferente. O estado é, inclusive (juntamente com o Rio de Janeiro), a unidade da federação onde o número de pessoas com 60 anos ou mais já ultrapassa o de crianças com idades entre 0 e 14 – para cada 100 crianças no RS, existem 115 idosos. Esses são alguns dos dados apurados pelo Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim do ano passado. Outros números revelam que a região Sul, juntamente com a Sudeste, possui a estrutura mais envelhecida do país, com 12,1% da população possuindo 65 anos ou mais.

Uma vez que o envelhecimento da população é uma realidade, as instituições precisam fornecer subsídios a fim de que a sociedade possa preparar estratégias para o acolhimento e o bem-estar dessas pessoas. E um projeto da Universidade Feevale, iniciado em 2023, começou a acompanhar, ao longo do tempo, o processo de desenvolvimento/envelhecimento de voluntários acima dos 50 anos no Vale do Rio dos Sinos. Trata-se do Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Gerontologia, executado pelos programas de pós-graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social e Qualidade Ambiental e mestrados em Psicologia e Toxicologia e Análises Toxicológicas.

Dentre os dados já coletados pelo Centro, está um recorte sequencial realizado com 113 voluntários, entre 50 e 79 anos, do Vale do Sinos, que participaram de estudos de classificação da fragilidade. “A Síndrome da Fragilidade na Pessoa Idosa é uma condição não muito conhecida fora do âmbito dos profissionais da Gerontologia, mas muito relevante de se estudar e avaliar, pois representa uma série de sintomas muito importantes, principalmente quando ocorrem juntos”, esclarece a coordenadora do projeto, professora Geraldine Alves dos Santos. Investigar critérios de fragilidade, avaliando a sua presença ou não nos participantes ajuda a compreender o seu desenvolvimento e trabalhar questões pontuais, evitando que sua classificação evolua para a fragilidade, se for o caso.

A Síndrome da Fragilidade é avaliada por cinco critérios: fadiga (sensação de cansaço); força de preensão; marcha (velocidade ao caminhar); peso (bioimpedância – perda de peso não intencional); e gasto calórico (Kcal). Geraldine explica que, se a pessoa não tiver nenhum desses critérios, é considerada robusta ou não frágil; se apresentar até três deles, é pré-frágil; se tiver quatro ou cinco, é identificada como frágil. Entre os participantes dessa primeira etapa, 71,7% foram considerados robustos ou não frágeis. “O resultado segue a média da população brasileira, por isso não me surpreendeu. O mais importante em estudos como esse é identificar as pessoas que estão na pré-fragilidade, determinar porque isso acontece e estabelecer intervenções, sobretudo educacionais, para manter bons parâmetros e, assim, evitar a evolução da síndrome”, exemplifica, completando que, se identificadas necessidades de atendimentos multidisciplinares, os voluntários também podem ser encaminhados a projetos específicos na Feevale.

Além disso, serão feitas reavaliações – essa é a importância de o Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Gerontologia realizar estudos ao longo do tempo.

Isso nos permitirá entender o funcionamento de cada participante, nos fornecendo dados sobre o desenvolvimento dos indivíduos. Hoje, o envelhecimento é, cada vez mais, compreendido como um processo que é concomitante ao desenvolvimento – são duas coisas que caminham juntas. Por isso, acompanhar pessoas desde os 50 anos, como é o caso de nosso estudo, nos ajudará a fazer recortes em diferentes idades e a compreender melhor como envelhecemos, e como fazer com que esse processo seja mais saudável”, conclui Geraldine.

Sobre o Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Gerontologia

Localizado nas salas 200 O e M do prédio Lilás, no Câmpus II da Feevale, em Novo Hamburgo (ERS-239, 2755), o Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Gerontologia recebe voluntários com mais de 50 anos para realizar estudos interdisciplinares longitudinais na área da gerontologia. O objetivo é observar e estudar, ao longo do tempo, o processo de desenvolvimento/envelhecimento dessas pessoas.

As atividades acontecem em horários agendados, conforme disponibilidade dos participantes. Os estudos são conduzidos por uma equipe interdisciplinar, composta por professores e acadêmicos das mais diversas áreas, como Psicologia, Enfermagem, Geriatria, Educação Física, Cardiologia, Bioquímica, Filosofia, Nutrição e Quiropraxia, por exemplo, os quais realizam avaliações, entrevistas e monitoramentos de saúde.

Como contatar:

  • Email: centrogerontologia@feevale.br
  • WhatsApp: (51) 3597-5835
 

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