Professor da Feevale participa de workshop da Abicalçados | Universidade Feevale

Professor da Feevale participa de workshop da Abicalçados

20/10/2017 - Atualizado 13h14min

Evento abordou a Inovação na Prática

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) promoveu, nesta quarta-feira, 18 de outubro, o Workshop Inovação na Prática. O evento contou com a presença do coordenador do curso de Engenharia de Produção da Universidade Feevale, Felipe Menezes, do consultor de projetos Alexandre Peteffi, além de analistas da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e empresários da região.

A atividade iniciou com uma exposição elaborada pelo docente da Universidade, apresentando os conceitos de Inovação e as relações dos mesmos com a chamada Indústria 4.0, na qual a evolução deixa de ser linear e passa a ter uma velocidade exponencial. Segundo ele, hoje vivemos uma espécie de quarta Revolução Industrial. “Não se trata de uma era de mudança, mas de uma mudança de era. Talvez sejamos privilegiados de estar vivendo este momento”, disse. 

A Indústria 4.0, o principal motor desta nova era, tem como fundamental para o seu funcionamento os sistemas ciber-físicos, em que o digital mistura-se com o material, o intangível com o tangível. Menezes citou exemplos da badalada Internet das Coisas (IoT – sigla em inglês), na qual o produto deixa de ser protagonista, perdendo seu lugar para o acesso a serviços. “Hoje as criações são mais importantes do que os produtos físicos. A era digital tem como característica não ser linear, ser altamente conectada, multidisciplinar e assume um caráter exponencial imprevisível, algo totalmente diferente do que vivíamos até a terceira revolução industrial”, acrescentou, citando empresas que, apostando nessa nova era chegam a faturar, juntas, mais de US$ 300 bilhões por ano.

Big Data
Menezes ressaltou que, nesses novos tempos, com uma economia digital, tudo fica registrado, formando um enorme banco de dados que pode ser aproveitados pelas empresas. “Tudo que é digital deixa rastros, rastros que chamamos de Big Data e que, inclusive, tem criado uma nova profissão, a de cientista de dados”, falou o docente.

O professor citou ainda a proliferação das FabLabs, fábricas digitalizadas que tem na cocriação um dos seus fundamentos principais, na qual os “makers” ganham cada vez mais espaço.  “Agora cabe a nós, empresários e criativos, saber identificar as oportunidades nessa mudança de era. Eu trouxe tudo isso para vocês para mostrar que estamos numa esteira, não tem volta, e se pararmos podemos cair. O importante é saber que toda a empresa de sucesso no futuro deverá ter um propósito claro, apostando em novas tecnologias, novos mindsets e novos modelos de negócios”, concluiu.

Projetos
Na sequência a apresentação ficou por conta dos analistas da Finep, Rafael Paganotti e Marco Polli, que explicaram quais os projetos realmente inovadores são passíveis de financiamento do órgão ligado ao Governo Federal. No primeiro momento, Paganotti falou sobre o tema inovação e os conceitos de produtos inovadores, essenciais para a aquisição do apoio da Finep. “Importante ficar claro que apoiamos produtos e não infraestrutura, ou seja, o meio para se chegar ao produto inovador. Para que um projeto tenha sucesso, ele precisa ser de um produto pioneiro, além de ser muito bem descrito pela empresa”, destacou. Paganotti detalhou, ainda, a construção do Plano Estratégico de Inovação (PEI), com destaque para o pioneirismo da criação, o impacto interno e externo, a competitividade, entre outros pontos. 

A exposição da Finep encerrou com a apresentação de Polli sobre a Lei do Bem e as suas diretrizes. A Lei, criada em 2005, dispõe sobre incentivos fiscais para inovação. “Para buscar esses incentivos é fundamental um departamento de contabilidade e também uma assessoria jurídica, pois a Lei traz instruções burocráticas da Receita Federal do Brasil, instituídas a partir de 2011”, explicou.

Ainda no evento, o consultor Alexandre Peteffi, da SudPartners, ressaltou as principais linhas de apoio para inovação, órgãos que fazem subvenção ou financiamento de projetos. Para a construção de projetos, Peteffi concedeu dicas importantes: ler atentamente os formulários – segundo ele, 50% dos projetos não chegam a ser analisados por conta de erros; ter clareza e objetividade na redação; demonstrar conhecimento do mercado de atuação; apontar a viabilidade técnica do produto; apontar os diferenciais perante os demais produtos; criar metas atingíveis; e a utilização indicadores reais.





 

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