Pela primeira vez, brasileiro participa da elaboração das novas diretrizes europeias para tratamento da hipertensão | Universidade Feevale

Pela primeira vez, brasileiro participa da elaboração das novas diretrizes europeias para tratamento da hipertensão

07/07/2023 - Atualizado 13h04min

Eduardo

Eduardo Barbosa, médico e professor da Universidade Feevale, colaborou com a revisão do documento, que foi apresentado no último mês pela European Society of Hypertension

Um professor do curso de Medicina da Universidade Feevale é o primeiro brasileiro a participar da elaboração de um documento que atualiza as diretrizes europeias para o tratamento da hipertensão arterial. Eduardo Barbosa, especialista em hipertensão pela Latin America Society of Hypertension, é um dos quatro médicos latino-americanos a auxiliarem na revisão do 2023 ESH Guidelines for the Management of Arterial Hypertension, da European Society of Hypertension (ESH). As novas diretrizes foram lançadas no último mês, durante encontro da entidade em Milão, Itália.

Barbosa explica que, para elaborar as novas diretrizes, a ESH buscou as evidências científicas mais recentes de profissionais de saúde em todo o mundo que tratam indivíduos com hipertensão. De forma inédita, a Europa convidou países de fora do continente para participarem da elaboração do guia – além do Brasil, na América Latina também contribuíram profissionais de México, Argentina e Colômbia. “Isso demonstra que nosso trabalho é relevante e tem visibilidade”, diz o professor.

As novas diretrizes têm o objetivo de servir como recurso para o tratamento realizado por profissionais de saúde na Europa, incluindo um aspecto mais amplo de comorbidades e o impacto da Covid-19. Entre as mudanças, estão protocolos atualizados de medição e monitoramento, com parâmetros mais brandos para a classificação de hipertensão, novas orientações para prescrição de tratamento medicamentoso, inovações e recomendações para gerenciamento de triagens, por exemplo. O professor Barbosa explica que, embora tenha um corpo heterogêneo de contribuições, as recomendações serão seguidas apenas na Europa, visto que cada continente elabora suas próprias orientações, adaptadas para suas realidades. “O Brasil já está trabalhando em sua nova diretriz, que deve seguir muito de perto a norte-americana”, pontua.

Sobre a oportunidade de participar como revisor de um documento tão importante em nível mundial, o professor acredita que é fruto do trabalho abrangente feito no país, bem como da representatividade em associações, publicações e eventos internacionais.

É o reconhecimento de que o Brasil está fazendo publicações importantes na área da hipertensão, e isso não é apenas uma questão individual, mas sim de todas as pessoas que fazem hipertensão no país. Hoje, temos publicações relevantes a ponto de chamarem um brasileiro para revisar uma diretriz europeia”, avalia Barbosa, lembrando que, para a elaboração do documento, também foram utilizados estudos feitos em solo brasileiro.

Para o reitor da Feevale, Cleber Prodanov, o fato de que professores da Instituição participam da elaboração de documentos tão significativos como o ESH Guidelines for the Management of Arterial Hypertension demonstra a qualidade do corpo docente e a sua relevância na pesquisa mundial.

É muito importante termos valores individuais como temos, mas também possuirmos um grande coletivo de pessoas que estão desenvolvendo pesquisa e transferindo para a sociedade esse conhecimento”, afirma Prodanov.

Sobre Eduardo Barbosa

Médico especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e em hipertensão pela Latin America Society of Hypertension (LASH), da qual também foi presidente. Presidiu, ainda, o Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia e a Artery Latam Society. Atualmente, é presidente do Colégio Panamericano Endotélio e coordenador do Serviço de Hipertensão do Hospital São Francisco na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Tem importantes publicações e colaborações, principalmente nos temas: hipertensão arterial sistêmica, pressão de pulso central, rigidez arterial, função endotelial, doença arterial coronariana e arritmia cardíaca.

 

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