Alunos participaram de rodas de conversa sobre trocas culturais e acompanharam a rotina de apresentação de trabalhos e seminários
Comunicar e entender o mundo e seus processos é um caminho que se assemelha em várias partes do mundo, mas somente as trocas presenciais são capazes de criar empatia e promover novas visões. São estas as experiências vividas por alunos da Escola de Aplicação Feevale que receberam, esta semana, intercambistas de Nuevo Laredo, no México. O grupo formado por Jacqueline Naybet Cantu Barajas e Dalia Sofia Niño Manzanares (estudante de Inovação em Negócios e Marketing), Kristof Almendarez Rangel (Engenharia em Manutenção Industrial) e Juana Garcia Hernandez (engenharia em Energias Renováveis), acompanhou diversas atividades de alunos da Escola de Aplicação, nesta segunda-feira, 12.
O cronograma teve início no Câmpus I, quando os mexicanos participaram de uma conversa sobre migrações e trocas culturais, com foco na gastronomia. Em seguida, o bate-papo foi sobre profissões e mercado de trabalho. Os colegas estrangeiros foram estimulados a falar sobre a escolha para suas carreiras e o que pensam em relação ao futuro do emprego.
Durante a tarde, as atividades se concentraram no Câmpus II, no Espaço Cosmos, quando estudantes do Técnico em Publicidade apresentaram campanhas com foco no setor de alimentos. Os intercambistas acompanharam a avaliação de um seminário produzido ao longo das últimas semanas. "Apresentar para quem vem de fora é um desafio, nos estimula a buscar outras formas de visão porque estamos sempre muito acostumados a estar entre nós mesmos, colegas. Então, quando temos essa oportunidade de troca com pessoas de outras culturas, é muito bom", diz Amanda Mutter, 17 anos, estudante do Ensino Médio da Escola de Aplicação.
O seminário foi conduzido pelo professor João Fernando Munhoz Júnior, que se mostrou satisfeito com o resultado da iniciativa a partir da interação entre seus alunos e os intercambistas. "Foi interessante apresentar a visão dos nossos estudantes sobre marcas que existem nos dois países. As propostas diferem um pouco e ouvir opiniões e percepções distintas torna o aprendizado cada vez mais rico", avalia. A atividade envolveu um processo completo de criação, iniciado com a escolha da marca e seguido por uma etapa de codesign colaborativo, utilizando formulários online e interações em redes sociais (como stories), com no mínimo 50 participantes, para identificar preferências e direcionar o conceito criativo. Em seguida, os alunos partiram para o desenvolvimento da coleção, composta por seis peças (produtos), cujo resultado foi apresentado na tarde desta segunda-feira.
Os intercambistas destacaram o comprometimento dos brasileiros em buscar soluções para problemas cotidianos de forma rápida e com criatividade. Os trabalhos apresentados no seminário mostraram o quanto a comunicação pode ser global, para muito além do que vêem em suas rotinas. Eles também se mostraram surpresos com o fato de empresas privadas auxiliarem outras em seu desenvolvimento, fato comprovado durante visita ao Instituto Caldeira, em Porto Alegre. "Além disso, nos sentimos extremamente bem acolhidos", diz Juana Garcia Hernandez.