Everton Zambon foi o palestrante do Café da Manhã Gestão de Pessoas da ACI
Créditos: Divulgação ACI-NH/CB/EV/DI
O gerente de Gestão de Pessoas da Universidade Feevale, Everton Zambon, foi o palestrante da 40ª edição do Café da Manhã Gestão de Pessoas, realizado nesta segunda-feira, 19, no Espaço Conexão ACI. Ele falou sobre a importância de programas de desenvolvimento de lideranças. O encontro teve como moderadoras Luciane Wendling Lipp, gestora de Recursos Humanos do Grupo Carburgo, e Renata Oliveira, coordenadora de Gestão de Pessoas da Unimed Vale do Sinos. Ambas são integrantes do Comitê de Recursos Humanos da ACI-NH/CB/EV/DI, responsável pela iniciativa.
Com vasta experiência em gestão de pessoas, Zambon é doutor em Educação e especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Também é professor e palestrante consultor em temas como saúde mental, liderança e clima organizacional. “Antes de qualquer coisa, é preciso entender a complexidade do ser humano. Sabendo disso, é necessário um trabalho de formação continuado, com atenção especial à comunicação e em dar ferramentas para que o líder faça a gestão de modo qualificado. E ele também precisa ser valorizado”, enfatizou, acrescentando que é preciso desenvolver a liderança para construir ambientes saudáveis, que promovam segurança psicológica e gerem resultados nos times de trabalho.
Segundo o especialista, de 8% a 10% dos colaboradores acabam atuando como líderes, verdadeiros multiplicadores dos valores da empresa. “O mesmo cuidado na hora da contratação deve ser replicado na hora de escolher líderes. Melhor demorar mais e escolher certo”, ponderou. Afora isso, o engajamento da alta cúpula do negócio é vital para um bom programa de desenvolvimento de lideranças.
Feedbacks constantes e bem estruturados, acompanhamento e reconhecimento contínuo e entendimento da estrutura física e organizacional do negócio são elementos balizadores de uma boa jornada na formação de lideranças. “O líder tem que ser protagonista e precisa estar amparado para fazer seu trabalho. O cuidado com a escolha certa dos modelos de interação deve respeitar a realidade de cada negócio e é preciso atentar aos detalhes. Às vezes é o que faz com que o colaborador perceba que ele é importante e estão investindo nele”, enfatizou Zambon.
Formação de lideranças
Durante a apresentação, Zambon compartilhou insights sobre os principais desafios enfrentados pelas empresas atualmente, com base em dados do relatório Great Place to Work Brasil 2024. Entre os pontos destacados estão o desenvolvimento da liderança, engajamento de equipes, saúde mental dos colaboradores, comunicação interna eficaz e fortalecimento da cultura organizacional.
“O líder precisa ser um agente de transformação do clima organizacional. Quando bem-desenvolvido, ele gera impacto direto em engajamento, retenção e performance”, reforçou o especialista. Segundo ele, competências como comunicação assertiva, feedback contínuo, visão estratégica, inovação e gestão de times híbridos são diferenciais esperados dos líderes contemporâneos.
Zambon também apresentou o case da Universidade Feevale, que desde 2023 desenvolve um programa estruturado e contínuo de formação de lideranças. Mais de 130 líderes já participaram do ciclo, dividido em cinco grupos com metodologias híbridas, ferramentas de diagnóstico e trilhas de desenvolvimento individual. O programa foi reconhecido com o Prêmio Top Ser Humano 2024 da ABRH/RS e rendeu à instituição o selo Great Place to Work.
Ao final, o palestrante deixou uma provocação, citando o relatório do GPTW como inspiração para líderes que desejam crescer junto com suas equipes: “A excelência começa com a liderança. Os líderes moldam a experiência. A experiência molda a cultura. E a cultura impulsiona a performance”.