Aulas de português para estrangeiros acontecem na EMEB João Goulart e no Câmpus II da Universidade, com foco na inclusão de migrantes e refugiados
Teve início nesta segunda-feira, 25, uma nova turma do curso gratuito de português para estrangeiros, promovido pela Universidade Feevale em parceria com a Prefeitura de Novo Hamburgo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SMED). As aulas, voltadas a migrantes e refugiados residentes na região, acontecem na Escola Municipal de Educação Básica João Goulart, no bairro Petrópolis, em segundas-feiras, às 18h30min. A turma é formada por estudantes de diferentes nacionalidades, interessados em fortalecer suas habilidades na língua portuguesa e se integrar mais plenamente à comunidade local.
A iniciativa é parte do projeto Centro de Educação em Direitos Humanos (Ceduca DH), coordenado pela professora Márcia Blanco Cardoso, e conta também com o apoio do Fundo Social Sicredi, que viabilizou a ampliação das atividades para esse novo espaço na cidade. Além da EMEB João Goulart, o curso também ocorre no Câmpus II da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, sempre às quartas-feiras. Essa turma iniciou suas atividades na última quarta-feira, 20.
Durante a aula inaugural, o secretário de Educação de Novo Hamburgo, André Luis da Silva, destacou a importância da ação para a integração social dos participantes. “Aprender a língua do país onde se está é uma ponte para a integração, a comunicação e o entendimento. Parabéns pela coragem de assumir esse desafio, mesmo após um dia inteiro de trabalho e compromissos. Agradecemos imensamente à parceria da Feevale, que torna possível ampliar ações como essa. A Secretaria está à disposição para apoiar e fortalecer esse projeto, que já tem feito a diferença, acolhendo alunos estrangeiros e oferecendo o suporte necessário”, afirmou.
O projeto Ceduca DH atua desde 2016 no acolhimento de migrantes e refugiados, promovendo atividades que vão além do ensino da língua. Entre as ações oferecidas estão oficinas sobre a realidade brasileira, atendimento jurídico gratuito, oficinas de criatividade, rodas de conversa e ações de combate à xenofobia e sensibilização comunitária. Ao longo dos anos, a iniciativa já atendeu centenas de pessoas oriundas de países como Haiti, Cuba, Venezuela, Rússia, Tunísia, Senegal, entre outros.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Márcia Blanco Cardoso, o objetivo é oferecer um espaço seguro e de acolhimento para quem está recomeçando a vida em outro país. “Sabemos que recomeçar em um novo país traz muitos desafios, não apenas com o idioma, mas também com questões práticas e legais. Por isso, se em algum momento vocês precisarem de orientação jurídica, atendimento com advogados, ou tiverem dúvidas relacionadas à documentação, regularização migratória ou até mesmo sobre a obtenção da cidadania brasileira, podem contar conosco. O Ceduca DH existe justamente para ser uma ponte entre vocês e os serviços que podem contribuir para que essa nova fase seja mais segura, justa e cheia de possibilidades”, destacou.
