Trabalho também teve a participação e orientação do curso de Estética e Cosmética da Instituição
Alunos dos cursos de Engenharia da Universidade Feevale fizeram uma intervenção na produção de sabonetes artesanais na Horta Joanna de Ângelis, desenvolvidos por meio do projeto Cheiros da Horta, em Novo Hamburgo. A iniciativa denominada Do artesanal ao social: padronização e qualidade na produção de sabonetes artesanais visa a auxiliar a produção de maneira mais precisa e com aproveitamento maior do material utilizado, diminuir desperdícios e aumentar a qualidade e, consequentemente, seu valor agregado, além de orientar sobre a possibilidade de novos locais de venda.
O Cheiros da Horta tem como objetivo principal a produção artesanal de itens majoritariamente orgânicos, são comercializados no local e os lucros são revertidos para a manutenção dos projetos sociais da Horta.
O trabalho teve a participação dos estudantes Alexandra de Lima, Amanda Eichwald e Suzana Cristina de Oliveira (Engenharia Química), Bianca Putzel de Oliveira (Engenharia Elétrica), Felipe Roieski da Silva (Engenharia Mecânica) e Matheus Vinicius Jost (Engenharia Civil). Eles foram orientados pelas professoras Cristine Kassick e Daiana Cristina Metz Arnold, na disciplina de Projeto Aplicado II. Como a intervenção dos alunos se relacionou com produtos cosméticos, o grupo também contou com supervisão da professora Katia Regina de Lima e Silva Smaniotto, coordenadora do curso de Estética e Cosmética da Feevale. Ela orientou o grupo ao longo do semestre sobre a padronização dos processos e divulgação das propriedades terapêuticas dos produtos.
Os acadêmicos observaram que os processos tinham falhas em parâmetros que deveriam ser sistematizados, como a proporção e a pesagem dos ingredientes. Assim, o grupo focou na padronização do processo, o que envolveu a doação de uma balança, um termômetro culinário e scoops para a introdução de ajustes técnicos. Essas observações geraram um documento atualizado e compartilhado com as voluntárias que fabricam os sabonetes. Também foi apresentada a elas a possibilidade de atuar em uma feira de pequenos negócios que ocorre na cidade.
Aprimoramento e criação No que se refere às engenharias envolvidas, Daiana explica que os estudantes de Engenharia Química contribuíram para garantir a segurança e a eficácia do uso dos produtos naturais, promovendo práticas baseadas em evidências e evitando riscos à saúde por uso inadequado.
A Engenharia Mecânica teve papel no aprimoramento, desenvolvimento e aplicação de tecnologias voltadas à criação de máquinas, equipamentos e sistemas de produção. Além disso, contribuiu com a implementação de instrumentos de controle, como o termômetro para monitorar com precisão a temperatura da solução e a balança para a dosagem exata dos ingredientes. "A intervenção interdisciplinar envolveu a aplicação prática e integrada de diferentes áreas da Engenharia (incluindo, além das citadas acima, a Civil e Elétrica) em um contexto de forte impacto social. Ao unir conhecimento técnico com sensibilidade social, o projeto reduziu desperdícios, aumentou a qualidade dos produtos, fortaleceu a viabilidade econômica do projeto", completa.
A professora considera o retorno das voluntárias positivo, uma vez que elas destacaram a aplicabilidade dos ajustes na produção e a importância das propriedades terapêuticas na oferta de produtos mais saudáveis. Para retorno do público-alvo, há a possibilidade de participação por meio de um QR code disponível no local de venda até o final do próximo semestre. "Espera-se um feedback positivo até lá", diz Daiana.
