Nesta quarta-feira, dia 31 de julho, a Feevale inaugurou mais um espaço de estudos diferenciado, a Cidade dos Contêineres. Constituído por 10 unidades de 20 pés (2,44 x 6,06m), dispostos em dois pavimentos e circundados por decks de madeira reaproveitada, o espaço totaliza uma área construída de 147,86m². Localizada entre os prédios Laranja e Verde, no Câmpus II, a Cidade dos Contêineres será gerenciada pelos Institutos de Ciências Humanas, Letras e Artes - ICHLA e de Ciências Exatas e Tecnológicas – ICET. No local, funcionarão o Laboratório de Design de Interiores, o Espaço Arte Dois, a Materioteca e dois Laboratórios de Projetos Integrados do ICET.

No segundo semestre de 2012, um grupo de acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo começou a pensar na criação de mais laboratórios de estudo que não agredissem o meio ambiente e que se adaptassem ao pouco espaço que o Câmpus II oferecia. Com essa ideia, foi realizada uma atividade que contou com a participação de alunos dos cursos de Design, Design de Interiores, Moda, e Arquitetura e Urbanismo. A sustentabilidade dos materiais de um novo possível laboratório foi colocada em pauta, e então surgiu a ideia da Cidade dos Contêineres. A partir dessas ideias, em um grupo de pesquisa coordenado pela professora Luciana Néri Martins, foram desenvolvidos diversos trabalhos. Depois de apresentado à Reitoria, no início deste ano o projeto tomou forma.

Na região, este é um espaço diferenciado, não existindo, em outra instituição de ensino, um conjunto de contêineres utilizado para educação. Conforme a coordenadora da Cidade, Luciana Néri Martins, este projeto denota a preocupação da Instituição com a relação entre ensino e pesquisa. “Esta é uma Universidade que escuta as ideias dos alunos e dos professores”, afirma. 

Durante a cerimônia de inauguração, o diretor do ICET, Luis André Werlang, disse que a cidade qualificará muito os projetos do instituto. “Acredito que nossos projetos darão um salto de qualidade, pois muitos deles ocorrem de forma dispersa pelo câmpus. Este espaço vai nos permitir pensar coisas diferentes, pois espaços diferenciados fazem com que surjam ideias diferenciadas”, afirmou. Já para a diretora do ICHLA, Cristina Ennes da Silva, a constituição de um espaço que congrega diferentes áreas do conhecimento permite o trabalho integrado multidisciplinar, onde as especificidades e fazeres das áreas são potencializadas na construção de projetos coletivos inovadores. “A Cidade dos Contêineres realiza um sonho do ICHLA, de proporcionar um laboratório específico para o curso de Design de Interiores, além da possibilidade de abrigar uma série de pensares sobre diversas áreas do conhecimento”, comemorou.

 

Laboratório Design de Interiores - Uma das principais novidades da Cidade dos Contêineres é que ele abrigará um laboratório específico para o curso de Design de Interiores. Com layout criado por acadêmicos, supervisionados pela professora Suzana Vielitz de Oliveira, o laboratório aproximará o mercado da academia, promovendo a divulgação de novos produtos, apresentação de novas técnicas, firmando convênios entre empresas dos ramos do Design de Interiores e áreas afins. Serão realizadas palestras, eventos, workshops e diversas atividades para unir os profissionais dessas áreas, disponibilizando informações e tendências. “Esta materialidade e atualidade das tendências só será possível com as nossas parcerias”, explica Suzana. São parceiras deste laboratório as empresas Lumina Luminárias; Idelli Móveis; Diviwall Gesso; Salvatore Minuano; By Home Wallpaper; Planeta Puff e Sinotex; Badenbox Vidros; e Le Cadre Molduras.

 

Espaço Arte Dois - Destina-se à divulgação das criações de artistas, designers gráficos e fotógrafos selecionados por meio de edital, além dos trabalhos de acadêmicos dos cursos de Artes Visuais, Design Gráfico e Fotografia, bem como demais cursos e projetos do Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes - ICHLA. A primeira exposição mostra fotografias, feitas pelos acadêmicos, de todas as fases de construção da Cidade dos Contêineres. Coordenado pelo professor Luis Henrique Rauber, a visitação às exposições será gratuita e aberta à comunidade.

 

Materioteca – O laboratório de materiais, que ocupava uma parte do Centro de Design, funcionará na Cidade dos Contêineres, passando a assumir um caráter mais abrangente. Com a iniciativa, cursos como Arquitetura, Design, Moda, Design de Interiores e até mesmo o Design Gráfico serão contemplados por este espaço diferenciado de pesquisa e consulta a materiais diversos. A Materioteca, que está sob a coordenação do professor Igor Escalante Casenote, terá atendimento pela manhã e tarde.

 

Laboratórios de Projetos Integrados do ICET A e B - Servirão como base para o desenvolvimento dos projetos de ensino, extensão e pesquisa vinculados ao ICET. O objetivo é compartilhar experiências entre os projetos, disponibilizar aos professores e alunos um ponto único de encontro, sistematizado a partir das demandas e necessidades. Os espaços também servirão para promover atividades entre os cursos do ICET e integração de áreas, a partir de ideias geradas nos projetos. A agenda de uso dos laboratórios ficará sob a responsabilidade da coordenação administrativa do ICET.

 

Decks superiores – No pavimento superior, um deck servirá como ponto de integração entre os acadêmicos e professores.

Uma das características mais marcantes da Cidade dos Contêineres é o fato de o projeto arquitetônico e de interiores ter contado com a participação de alunos durante todas as fases de seu planejamento e execução, sempre supervisionado e orientado pela professora Luciana Néri Martins. O grupo de pesquisa composto pelos acadêmicos Thomas Gilberto Schroder, Amanda Cappelatti, Nicole Bueno Leal de Almeida, Roberta Plangg, Andressa Konrath Pulz e Luane Henrich originou o projeto arquitetônico da Cidade dos Contêineres. Atualmente, a equipe da Cidade dos Contêineres, mais precisamente no Laboratório de Design de Interiores, conta com as acadêmicas Maísa Müller, Evelyn Nicole Clemente Peixoto, Roberta Beatriz Eyng, Francielly Alves Da Silva e Valéria Wagner. Luane Hendrich (foto), que participou do primeiro grupo e acompanhou o desenvolvimento do projeto como funcionária do setor de Projetos e Obras da Feevale, diz que é muito gratificante ver que o trabalho realizado em meio acadêmico pode ser levado a diante. “Eu, assim como os demais participantes do grupo de pesquisa, me senti recompensada ao ver que uma ideia, se levada a sério e trabalhada, pode sim sair do papel e tornar-se algo concreto”, afirma.