Sobre a DOPC
A DPOC é causada, principalmente, pelo cigarro. “Com os anos de fumo, a pessoa desenvolve essa doença pulmonar que, com o passar do tempo, vai limitando suas atividades. Ela é caracterizada pela falta de ar (dispneia), causada, principalmente, pela bronquite crônica e pelo enfisema pulmonar”, explica Cassia (foto). Conforme explica a professora, a falta de ar impede a realização de atividades do cotidiano, como escovar os dentes, tomar banho e subir escadas. Para tratar esse mal, os médicos indicam um programa de reabilitação, a fim de trabalhar, por meio de exercícios físicos e avaliações regulares, a melhora das condições respiratórias.
O tratamento realizado na Feevale, gratuito e único na região, dura 15 semanas e é multidisciplinar, contando com a participação de profissionais, bolsistas de pesquisa e extensão e alunos voluntários, que acompanham os pacientes durante o período de reabilitação. “Com as atividades desenvolvidas, o paciente recupera a resistência física e melhora a qualidade de vida. São realizados aquecimento e a prática de atividade física, em que o beneficiado é submetido a uma série de exercícios diferentes”, detalha. São atendidos grupos de 15 pacientes a cada período, que realizam exercícios físicos regulares, às segundas, quartas e sextas-feiras.
Para participar do programa, o paciente portador da DPOC deve apresentar encaminhamento médico. “Quando chega ao projeto, ele vai passar por uma avaliação dos sinais vitais, com aferição da pressão arterial, verificação da falta de ar, saturação periférica de oxigênio e frequência cardíaca. De acordo com os resultados, são encaminhados para a academia. Também é avaliada a evolução do paciente nos exercícios, com carga e tempo de esteira”, explica Cassia. De acordo com a coordenadora, o que melhora de imediato é a falta de ar, já que com o treinamento o paciente acaba recuperando o condicionamento físico, minimizando a ocorrência de dispneia durante atividades que requeiram esforços leves.
Melhora que já foi percebida por Henrique Octávio Mädke, de 77 anos, que possui enfisema pulmonar. “No ano passado, participei do tratamento durante três meses e tive uma resposta espetacular. O projeto é fantástico, o tratamento é excelente, tanto pelos alunos quanto pelos professores”, afirma. Cassia lembra que mais de 500 pacientes já foram atendidos ao longo desses anos, os quais apresentaram uma significativa melhora na qualidade de vida, comprovada pelos estudos científicos realizados a partir dos dados coletados com os beneficiados. “Os pacientes melhoram em torno de 20 a 25% após o projeto; em relação à funcionalidade, eles caminham em torno de 50 metros a mais do que quando chegam”, completa.
Inscrições abertas
As inscrições para participação no projeto, que são gratuitas, estão abertas. Para se inscrever, o candidato deve entrar em contato com a Academia, pelo telefone 3586-8800, no ramal 8884, nas segundas, quartas e sextas pela manhã.