Nesta sexta-feira, 8 de dezembro, acontecerá uma reunião entre pesquisadores da Universidade Feevale, da Universidade de Bolonha, da Itália, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A atividade será realizada no Sala 1 da Reitoria, no prédio Lilás, localizado no Câmpus II da Feevale, a partir das 14h15min. O encontro enfocará o projeto Conhecimento, criatividade e inovação no setor calçadista: um estudo comparativo entre clusters do Brasil e da Itália, desenvolvido em conjunto pelas três instituições. 

A Universidade de Bolonha estará representada pela professora Cristina Boari, titular de Estratégia de Negócios da Instituição italiana, que já foi professora da Universidade de Florença (Itália), da Universidade Hitotsubashi (Tóquio, Japão), e pesquisadora na Universidade de Wisconsin (Estados Unidos). Pela UFRGS, a reunião contará com Aurora Carneiro Zen, professora da Escola de Administração, líder do Grupo de Pesquisa em Estratégia, Internacionalização e Inovação (GPEI) e diretora de Serviços e Projetos do Parque Científico e Tecnológico da Universidade. Elas serão recebidas pela professora Raquel Engelman Machado, coordenadora do estudo em conjunto com as três instituições, e pelo professor Serje Schmidt, participante da pesquisa, além da equipe da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da Feevale.

Contemplado pelo Edital Universal 2016 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto Conhecimento, criatividade e inovação no setor calçadista: um estudo comparativo entre clusters do Brasil e da Itália tem o objetivo de analisar como as organizações do setor calçadista, especificamente as que desenvolvem design de calçados, adquirem, compartilham e utilizam conhecimento nos clusters, desenvolvendo criatividade e inovações. Para isso, são realizados estudos de caso comparativos nos clusters do Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, e Fermo e Macerata, na região de Marche, na Itália.

Mesmo sendo um setor expressivo em várias partes do mundo – a estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados) é que, em 2015, o consumo tenha sido de 18,4 bilhões de pares – o setor calçadista pode ser considerado, ainda, de baixa intensidade tecnológica, em que os avanços dependem consideravelmente de fornecedores e de máquinas e equipamentos. Nesse sentido, os esforços inovativos das empresas calçadistas são centrados, em grande parte, no design e no desenvolvimento de produtos. Assim, empresas que investem nas etapas de criação, design, marketing e coordenação da cadeia de produção e distribuição no setor calçadista apresentam vantagens competitivas e conseguem manter um papel ativo na cadeia de valor.