20/03/2015 - Atualizado 31/03/2015 09h47min
Evento de apresentação dos resultados do programa abriu as comemorações dos cinco anos de credenciamento da Feevale como universidade
Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos é uma importante frente do programa
Em 10 anos, o Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale formou mais de 120 profissionais capacitados a propor soluções para problemas relacionados à questão ambiental. E, para compartilhar com a comunidade os resultados desses anos de pesquisas, que contribuíram para o conhecimento sobre a situação ambiental do Vale do Sinos e da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a Universidade Feevale realizou um evento especial nesta sexta-feira, dia 20 de março. O evento abriu as comemorações do aniversário de cinco anos do credenciamento da Instituição como Universidade.
A reitora da Feevale, Inajara Vargas Ramos, e o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, João Sganderla Figueiredo, abriram oficialmente o evento. "A história deste programa nos qualificou no projeto de nos tornarmos universidade", disse o pró-reitor. "O programa é muito importante para a nossa região, pois além de contribuir com conhecimentos, está refletindo para a sociedade em resultados", afirmou a reitora.
Com a área de concentração centrada na Qualidade Ambiental, o programa recebeu, em 2013, na avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a nota 5. Essa ótima avaliação coroa um trabalho que se iniciou em 2005, quando então se configurava como mestrado em Gestão Tecnológica, e que, com o tempo, passou a focar nas áreas de Diagnóstico Ambiental, Tecnologias para Descarte e Tratamento de Efluentes e Resíduos, Botânica, Biologia Geral e Saúde Ambiental, acompanhadas pelas áreas de Gestão e de Direito Ambiental.
Hoje, as linhas de pesquisa mais importantes são as que investigam as tecnologias para intervenção ambiental e o diagnóstico ambiental integrado. No período de 2011 a 2013, por exemplo, foi feito o mapeamento do Rio dos Sinos nos pontos de captação de água da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Foi determinada a qualidade da água nesses pontos, além de terem sido feitas outras avaliações de rotina. Só esse trabalho já foi responsável por duas teses de doutorado e uma dissertação de mestrado. “O que viemos mostrando, principalmente depois de 2006, é que, com o crescimento da consciência na população e dos investimentos públicos, as condições de qualidade ambiental já não são tão graves quanto o histórico pregresso da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos”, afirma o coordenador do programa, Fernando Spilki.
Histórico
2004 – aprovação do mestrado em Gestão Tecnológica, que possuía enfoque mais amplo
2005 – início das aulas. Foi a primeira pós-graduação da Universidade Feevale e se voltava mais para a pesquisa industrial
2007 – como a questão ambiental era a que mais necessitava de estudos na região, entre o segundo e o terceiro ano de atuação passou a denominar-se mestrado em Qualidade Ambiental
2008 – começam os esforços para a criação do doutorado e, em 2009, foi aprovado o Programa de Pós-graduação em Qualidade Ambiental, que era uma condição para que a Feevale pudesse passar de centro universitário para universidade. O doutorado começou a operar no ano de 2009
2013 – na avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o programa é avaliado com a nota 5
Metas
De acordo com o coordenador, professor Fernando Spilki (foto), as metas se voltam para a internacionalização do programa. Estão sendo feitos trabalhos em conjunto com avaliadores externos, experts de universidades estrangeiras. Além disso, algumas disciplinas já vêm sendo ministradas por docentes de outros países. O programa possui relações fortemente estabelecidas com o México na área de Botânica, Espanha para tecnologias aplicadas ao tratamento de efluentes e França e Inglaterra na área de Virologia Ambiental.
Trabalhos destaque
Ao longo dos anos, algumas linhas de pesquisa têm se destacado dentro do Programa. São elas:
- Análise da composição da flora de áreas depredadas da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Diversos estudos investigam a flora da região e as suas relações com a poluição ambiental.
- Estudos para reintrodução de espécies ameaçadas de extinção (flora). Várias pesquisas estão trabalhando para a manutenção e recuperação da flora local, em uma tentativa de minimizar os efeitos da extinção.
- Rastreamento das fontes de contaminação fecal ao longo da Bacia, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) e Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
