Missão técnica a Portugal e Espanha fortalecerá pesquisas gaúchas de tratamento de efluentes | Universidade Feevale

Missão técnica a Portugal e Espanha fortalecerá pesquisas gaúchas de tratamento de efluentes

01/11/2016 - Atualizado 14h29min
Foco da viagem, que acontecerá em novembro, é ampliar as relações internacionais de pesquisadores da Universidade Feevale e UFRGS

Em novembro, um grupo de oito pesquisadores da Universidade Feevale e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) participará da Missão Técnica Portugal-Espanha. Os objetivos da missão, que vai de 15 a 25, são ampliar as relações com pesquisadores internacionais para o desenvolvimento de novos projetos e divulgar os estudos que vêm sendo realizados pelas instituições?. Integrarão a viagem, pela Feevale, os pesquisadores Marco Antônio Siqueira Rodrigues, Fabricio Celso, Vanusca Dalosto Jahno, Alexandre Giacobbo e Michel Vinicius Flach; já a UFRGS levará os pesquisadores Andréa Moura Bernardes, Jane Zoppas Ferreira e Carlos Arthur Ferreira.

A missão Portugal-Espanha integra o projeto Desenvolvimento de síntese de membranas íon-seletivas e separadores de fluxo para sistemas de eletrodiálise e sua aplicação ao tratamento de água de abastecimento público e efluentes industriais, da Universidade Feevale, do qual a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é parceira, em convênio firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com a parceria da Hidrodex, de São Paulo. O intuito é aprimorar os materiais e equipamentos desenvolvidos no projeto, por meio da observação das operações nas grandes estações de tratamento de água nos dois países. Além disso, com vistas a fortalecer parcerias em projetos de pesquisa, serão visitadas duas universidades, um centro de pesquisas e duas estações de tratamento de água, estas últimas que utilizam processos de separação por membranas, método de tratamento de efluentes que está sendo desenvolvido no Rio Grande do Sul, de forma pioneira, pela Feevale.

A multidisciplinaridade do grupo poderá criar um ambiente privilegiado de discussão, no qual diferentes olhares poderão contribuir para a melhoria dos produtos e processos, de cada lado do Atlântico. “A visita ainda proporcionará a troca de informações técnicas a respeito das características e funcionamento dos equipamentos utilizados, bem como a apresentação das membranas, separadores e equipamento de eletrodiálise reversa (EDR), desenvolvido no projeto BNDES, aos responsáveis pelos locais visitados, permitindo fazer relações entre a montagem do equipamento no Brasil e aqueles de grande porte que estão em funcionamento em países desenvolvidos”, explica o professor Marco Antônio Siqueira Rodrigues.

Confira as visitas programadas:

1. Visita ao Instituto Superior Técnico, Lisboa, Portugal, para reunião técnica com a pesquisadora Maria Norberta de Pinho sobre projetos em conjunto entre Feevale/UFRGS e a Universidade Portuguesa, acerca da tecnologia de eletrodiálise.
2. Visita à Universitat Politècnica de València para reunião técnica com o professor Valentin Perez Herranz, sobre a tecnologia de eletrodiálise para o tratamento de águas e efluentes.
3. Visita ao Grupo Água de Valência, Espanha, para reunião com Javier Sanchis Carbonell, diretor de Plantas de Dessalinização. Água de Valência é um grupo de negócios dedicado à gestão da água, o qual opera três plantas de eletrodiálise reversa (EDR) com uma capacidade combinada de 32.000 m³/dia e nove plantas de osmose reversa (OR) com capacidade de 20.000 m³/dia. Este grupo é pioneiro na construção de plantas de EDR para eliminação de nitratos na Espanha.
4. Visita ao Instituto Catalán de Investigación del Agua (ICRA), Espanha. Damià Barceló, diretor do ICRA, é referência mundial em pesquisas relacionadas à água, especialmente àquelas relacionadas à sua utilização e os efeitos da atividade humana sobre os recursos hídricos de maneira racional.
5. Visita à Estação de Tratamento de Água de Barcelona, Espanha. Esta é uma das maiores estações de dessalinização de água da Europa, com capacidade de 200.000 m³/dia, tendo sido inaugurada em 2009 e fornecendo água potável para mais de 20% dos usuários da cidade de Barcelona.

Saiba mais

Na Universidade Feevale, as pesquisas que envolvem o tratamento de efluentes industriais e o seu reuso estão vinculadas ao Laboratório Aquário (foto), localizado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas, próximo ao Câmpus II. O espaço possui uma das melhores estruturas do Brasil, no que tange ao tratamento de efluentes industriais, tendo como principais equipamentos de tratamento um sistema piloto de microfiltração, nanofiltração, osmose reversa, eletrodiálise, reator de oxidação avançada de poluentes, biorreator de membranas e, ainda, sistema de análise de poluentes HPLC, CG/MS bidimensional e absorção atômica. O laboratório realiza, ainda, exames de toxicologia empregando bioensaios com minhocas, alface e peixes. 

Entre os projetos, estão Desenvolvimento de síntese de membranas íon-seletivas e separadores de fluxo para sistemas de eletrodiálise e sua aplicação ao tratamento de água de abastecimento público e efluentes industriais, do BNDES, Aplicação de processo de separação de membranas para reuso de água industrial, com a Braskem-RS e Produtos e processos: desenvolvimento e aplicação de tecnologias limpas ao saneamento ambiental, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Coordenados pelo professor Rodrigues, os estudos visam sintetizar membranas e separadores de fluxo poliméricos para serem empregados em sistema de eletrodiálise (ED), além da transferência tecnológica do conhecimento produzido na Universidade para o setor industrial. 

Os projetos são desenvolvidos no Polo Petroquímico de Triunfo e na Companhia Municipal de Saneamento de Novo Hamburgo (Comusa). Os processos de tratamento desenvolvidos são métodos de tratamento de efluentes e esgoto que utiliza membranas íon-seletivas e separadores de fluxo, os quais  possuem maior eficiência na remoção de poluentes persistentes e metais tóxicos Esses processos proporcionam uma alta qualidade do efluente tratado, o que possibilita a reutilização deste pela indústria e, ainda, a recuperação de íons metálicos. Os estudos visam ao desenvolvimento de tecnologia nacional para fabricação das membranas que, hoje, precisam ser importadas.
 
 

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