No dia 12 de agosto, os projetos de extensão Espaço Cultural Feevale e Múltiplas Leituras: Povos Indígenas e Interculturalidade da Universidade Feevale promovem exibição do filme Xingu. O evento acontecerá às 19h30min, no Espaço Cultural Feevale, localizado no Teatro Feevale, e terá a participação dos professores Rodrigo Perla Martins, do curso de História, e Caroline Bertani da Silva, do curso de Artes Visuais, como debatedores. A atividade é gratuita e aberta à comunidade, e marcará o encerramento das duas exposições realizadas no espaço em parceria com o Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (Mars).

Xingu (Brasil, drama, 116min, 2012. Direção: Cao Hamburger): Os irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo Villas-Bôas decidem viver uma grande aventura, alistam-se na expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil Central. Logo os irmãos se tornam chefes da expedição e se envolvem na defesa dos índios e de sua cultura. Numa viagem sem paralelo na história, os irmãos Villas-Bôas conseguem fundar o Parque Nacional do Xingu, um parque ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de um país como a Bélgica. Ao recontar a saga dos irmãos, o filme acompanha essa grande luta pela criação do parque e pela salvação de tribos inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros.

As mostras, que podem ser visitadas, ainda, até o dia 12 de agosto, têm o objetivo de contribuir para a discussão dos direitos culturais indígenas, e contam com a participação do Mars e dos cursos de Fotografia, História, Artes Visuais e do programa de Pós-graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Universidade Feevale. Conheça um pouco mais de cada uma delas:

A mostra tem a curadoria do jornalista, fotógrafo e antropólogo Milton Guran, e reúne trabalhos fotográficos realizados entre 1942 a 1949. Darcy Ribeiro assina cinco fotografias dos Ofayé (MS), datadas de 1948, sendo estes os únicos registros fotográficos existentes da etnia. As demais fotos da mostra são assinadas por Harald Schultz e Heinz Foerthmann, dois dos mais importantes fotógrafos documentaristas da primeira metade do século XX, que trabalharam para o Serviço de Proteção aos Índios (SPI). A exposição pertence ao Fundo SPI do Arquivo do Museu do Índio/Funai, tendo sido, em 2008, incluída no Registro Nacional do Programa Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).

O Museu Antropológico do Rio Grande do Sul (Mars) é uma Instituição pública de memória antropológica vinculada à Secretaria de Estado da Cultura. Desde a sua criação, no final da década de 1970, desenvolve uma política institucional museológica descentralizada concernente à pesquisa, formação e exposição de acervo antropológico e arqueológico, cujos materiais são oriundos de pesquisas etnográficas e etnoarqueológicas, realizadas no Rio Grande do Sul. Por meio de diversas parcerias, o Mars tem buscado a intensificação das potencialidades da ação museal, demonstrando compromisso com a promoção, o respeito e o reconhecimento da diferença cultural. A exposição apresenta parte de seu acervo arqueológico, com curadoria da equipe do Mars: Arienei Abreu, Estela Galmarino, Josias Mello, Mariana Meira e Walmir Pereira.